As 11 melhores obras do Museu Reina Sofía

O Reina Sofía é o museu de arte contemporânea mais importante da Espanha e um dos melhores do mundo. Descubra suas obras mais importantes

Carlos Bleda

Carlos Bleda

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As 11 melhores obras do Museu Reina Sofía

Museu Reina Sofía | ©MADRID-BIEN-VISTO

Uma visita ao Museu Reina Sofía é obrigatória se você for a Madri. Ele está localizado no prédio do antigo hospital geral de Madri, próximo à estação Atocha, e faz parte do triângulo da arte de Madri, juntamente com os museus do Prado e Thyssen-Bornemisza.

Ele abriga mais de 18.000 peças de arte contemporânea e do século XX, assinadas por artistas famosos como Salvador Dalí, Pablo Picasso e Joan Miró, e fica aberto todos os dias, exceto às terças-feiras e em alguns feriados públicos. Aqui está uma lista das 11 peças imperdíveis do Reina Sofía, um dos melhores museus de Madri e da Espanha.

1. Guernica, de Picasso

Guernica, de Picasso| ©Daniel Lobo
Guernica, de Picasso| ©Daniel Lobo

A Guernica de Pablo Picasso é a obra-prima do museu, a que atrai o maior número de visitantes e a mais admirada. Essa impressionante pintura, com mais de 7 metros de largura e 3 metros de altura, retrata o sofrimento causado pelo bombardeio alemão à cidade basca que dá nome à pintura no estilo inconfundível do artista nascido em Málaga.

Picasso a pintou em 1937 para fazer parte do pavilhão espanhol na feira internacional de Paris. Embora o Estado a tenha comprado no mesmo ano, o artista decidiu doá-la ao Moma, em Nova York, para protegê-la da Segunda Guerra Mundial, que estava ocorrendo na Europa na época.

Foi somente em 1981 que a Espanha recuperou a obra e, em 1992, com a abertura do Museu Reina Sofia, ela chegou ao que ainda é seu lar e para o qual milhares de visitantes vêm para ver essa obra impressionante.

Sem dúvida, vale a pena reservar um ingresso para o museu Reina Sofia só para ver El Guernica.

  • Autor: Pablo Ruiz Picasso.
  • Data: 1937.
  • Localização: Sala 205.10 do Reina Sofia.

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2. Face of the Great Masturbator (Rosto do Grande Masturbador), de Dalí

Rosto do Grande Masturbador, de Dalí| ©Eleonora Buratti
Rosto do Grande Masturbador, de Dalí| ©Eleonora Buratti

Salvador Dalí é um dos artistas mais incomuns e excêntricos que se conhece. E uma de suas obras mais excêntricas, se me permitem a redundância, pode ser encontrada no Museu Reina Sofia.

Essa obra autobiográfica, como o próprio Dalí reconheceu, reflete as obsessões sexuais mais profundas do autor por meio de uma pintura com a marca exclusiva do surrealismo do pintor.

O próprio autor é retratado na pintura em várias cenas e sua inspiração para essa pintura, como para muitas outras, foi sua musa Gala. Salvador Dalí pintou o quadro em 1929, enquanto desfrutava da companhia de Gala em Cadaqués, embora ela já fosse casada com o poeta Paul Éluard.

  • Autor: Salvador Dalí.
  • Data: 1929.
  • Localização: Sala 205.13 do Reina Sofía.

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3. Caracol, Mulher, Flor, Estrela, de Joan Miró

Caracol, Mulher, Flor, Estrela, de Joan Miró| ©raelala
Caracol, Mulher, Flor, Estrela, de Joan Miró| ©raelala

Joan Miró foi um dos artistas espanhóis mais influentes do século XX, bem como um dos mais versáteis, pois além de pintor, ele também foi escultor, gravador e ceramista. Embora ele mesmo tenha experimentado vários movimentos artísticos, como o cubismo e o fauvismo, sempre foi considerado fundamentalmente um artista surrealista.

O Museu Reina Sofia abriga uma de suas pinturas surrealistas mais importantes, conhecida como Snail, Woman, Flower, Star (Caracol, Mulher, Flor, Estrela). Essa pintura, que pode ser vista se você reservar ingressos para o Museu Reina Sofia, pertence a um grupo que o próprio Miró chamou de "pinturas selvagens" e que surgiu como resultado do medo da ascensão do fascismo e do período pré-guerra na Espanha em 1934, ano em que essa pintura foi pintada.

Esse sentimento é representado pelas figuras surrealistas que dão nome à obra e pelas cores escuras. Essa talvez seja a pintura mais famosa do artista entre todas as que estão expostas no Reina Sofia.

  • Autor: Joan Miró.
  • Data: 1934.
  • Localização: Sala 205.04 do Reina Sofía.

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4. Um mundo, de Ángeles Santos

Um mundo, de Ángeles Santos| ©Saulo Alvarado
Um mundo, de Ángeles Santos| ©Saulo Alvarado

Embora o nome de Ángeles Santos não seja tão conhecido, sua obra Um mundo é uma das mais surpreendentes do museu. Essa artista nascida em Girona não conhecia as tendências artísticas da Europa no ano em que pintou essa tela, 1929, e surpreendeu a todos com uma pintura moderna e inovadora cuja única inspiração veio das revistas e publicações da época.

A tela 3x3 representa o mundo imaginário que a autora inventou quando tinha apenas 18 anos de idade, pouco depois de ter suas primeiras aulas de pintura em Valladolid. A admiração que ela despertou foi tão grande que recebeu elogios de grandes personalidades da época, como Ramón Gómez de la Serna, Jorge Guillén e Lorca. Hoje, qualquer visitante pode se impressionar e ver a pintura em exposição no Museu Reina Sofía.

  • Autor: Ángeles Santos.
  • Data: 1929.
  • Localização: Sala 205.06 do Reina Sofía.

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5. *Mulher em azul, de Picasso

Mulher de azul, de Picasso| ©Ángel Gil Criado
Mulher de azul, de Picasso| ©Ángel Gil Criado

Esquecida e despercebida por muitos anos, a Mulher em azul de Pablo Picasso é hoje uma das obras mais importantes do artista em exposição no Reina Sofía.

Foi uma das primeiras obras que o artista pintou quando chegou a Madri em 1901, quando era diretor artístico da revista Arte Joven, onde conviveu com vários autores da Geração de 98. A pintura, que retratauma cortesã da época, fazia parte de uma das ilustrações que Picasso produziu para a revista, inspirada em Van Gogh, El Greco e outros grandes nomes. O autor doou essa pintura para a exposição de Belas Artes em Madri, depois disso ela caiu no esquecimento por muitos anos até chegar ao Reina Sofía em 1988 e catapultar essa obra para a fama.

  • Autor: Pablo Ruiz Picasso.
  • Data: 1901.
  • Localização: Sala 201.02 do Reina Sofía.

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6. *A Janela Aberta, de Juan Gris

A janela aberta, de Juan Gris| ©Ramón Muñoz
A janela aberta, de Juan Gris| ©Ramón Muñoz

As naturezas-mortas sempre foram uma fonte de inspiração para muitos artistas, incluindo Juan Gris com sua obra La Ventana Abierta (A janela aberta). Ela faz parte de uma série de obras inspiradas no que o artista viu através das janelas, sendo a pintura em exposição no Reina Sofía a mais completa de todas.

As vistas na pintura representam o local onde ele pintou o quadro, a cidade de Bandol sur Mer, às margens do Mar Mediterrâneo, no sul da França.

Através de sua janela, ele viu o mar e, contra esse fundo, retratou uma natureza morta com uma composição altamente original. Sua importância está na capacidade do artista de pintar várias cenas independentes na mesma tela.

  • Autor: Juan Gris.
  • Data: 1921.
  • Localização: Sala 204.03 do Reina Sofía.

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7. *A Casa da Palmeira, de Joan Miró

A Casa da Palmeira, de Joan Miró| ©Sven Loopmans
A Casa da Palmeira, de Joan Miró| ©Sven Loopmans

Entre 1916 e 1922, Joan Miró decidiu viajar em busca de inspiração. Essa busca deu origem a uma série de obras que retratavam diferentes paisagens em detalhes. Uma dessas obras é intitulada The House of the Palm Tree (A casa da palmeira) e está atualmente em exibição no Museu Reina Sofia.

Ele pintou esse quadro em 1918, quando passou o verão em Montroig e decidiu capturar uma das paisagens que o inspiraram. Há uma imensa quantidade de pequenos detalhes na pintura em si, o que o levou a considerar esse quadro como um dos primeiros grandes marcos pictóricos do autor.

É uma das obras mais importantes de Miró em seu período pré-surrealista, no qual ele começou a trabalhar a partir de 1923.

  • Autor: Joan Miró.
  • Data: 1918.
  • Localização: Sala 207.02 do Reina Sofía.

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8. Garota na janela, de Dalí

Garota na janela, de Dalí| ©Gabriela Rondon
Garota na janela, de Dalí| ©Gabriela Rondon

Ao contrário da crença popular, a jovem nessa famosa pintura de Dalí não é Gala, mas sua irmã Ana María. Essa pintura da Girl at the Window é um dos muitos estudos que Dalí fez de sua irmã.

Se você reservar uma visita guiada ao Museu Reina Sofía, eles explicarão que você ficará impressionado com o realismo com que Dalí captura essa tela, ao contrário da grande maioria das obras de um autor caracterizado pelo surrealismo extremo.

A pose calma e relaxada de sua irmã e as cores azuladas transmitem uma tranquilidade que também contrasta fortemente com a angústia provocada por outras de suas obras. Essa é a obra-prima de Dalí no que diz respeito aos estudos de sua irmã e a prova de que Salvador Dalí também dominava a pintura em outras facetas além daquela pela qual é conhecido.

  • Autor: Salvador Dalí.
  • Data: 1925.
  • Localização: Sala 205.06 do Reina Sofía.

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9. Sônia de Klamery, de Hermen Anglada Camarasa

Sonia de Klamery, de Hermen Anglada Camarasa| ©Milton Sonn
Sonia de Klamery, de Hermen Anglada Camarasa| ©Milton Sonn

Hermen Anglada Camarasa foi um pintor modernista nascido em Barcelona, conhecido por retratar as cenas que o inspiraram em suas muitas viagens e por seu estilo de contrastes entre luz e sombra e cores claras e escuras. Nesse sentido, sua obra mais famosa, ou melhor, suas obras mais famosas, são Sonia de Klamery. E digo obras no plural porque o artista retratou essa figura em duas pinturas diferentes em duas poses diferentes, deitada e em pé.

Em ambas, ele retrata Sonia Klamery, uma dançarina de balé russa que Hermen admirava, em duas poses diferentes e com seu contraste característico entre a cor pálida da pele da figura feminina, o colorido de seu vestido e o fundo escuro.

Graças a essas e outras obras, Hermen Anglada ganhou reconhecimento mundial como um dos grandes autores modernistas da época por sua representação da sociedade do início do século XX.

  • Autor: Hermen Anglada Camarasa.
  • Data: 1913.
  • Localização: Sala 201.02 do Reina Sofía.

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10. Lola, de Antonio Saura

Lola, de Antonio Saura| ©jean louis mazieres
Lola, de Antonio Saura| ©jean louis mazieres

Antonio Saura foi um artista nascido em Huesca em 1930, precursor do movimento artístico informalista na Espanha. Ele, junto com outros artistas, fundou o grupo "El Paso" em Madri, que reunia seguidores desse movimento iniciado em 1951. Esse movimento se caracterizou pela pintura por meio de "manchas".

Depois de viajar para Paris, Antonio Saura iniciou uma série de trabalhos sob essa tendência.

Muitas delas podem ser encontradas no Reina Sofía, mas a mais notável é a chamada Lola, umarepresentação quase abstrata de uma mulher por meio de traços grossos e manchas em preto sobre branco. Uma das obras mais importantes do informalismo na Espanha.

  • Autor: Antonio Saura.
  • Data: 1956.
  • Localização: Sala 406 do Reina Sofía.

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11. *Náipes e dados, de Georges Braque

Cartas e dados, de Georges Braque| ©JoJan
Cartas e dados, de Georges Braque| ©JoJan

Georges Braque é um artista francês cuja carreira foi paralela à de Pablo Picasso até 1914, quando se alistou para lutar na Primeira Guerra Mundial. Ao retornar, Braque seguiu um caminho diferente do de Picasso.

A tela Cartas e dados é uma representação dos jogos de azar da época e tem o valor de ser uma das últimas obras de Georges em que ele compartilha a estética com Picasso e que você pode contemplar se reservar seu ingresso para o Museu Reina Sofia. A pintura representa diferentes jogos de azar, como cartas e dados, em uma forma oval sobre uma mesa com uma composição complexa.

  • Autor: Georges Braque.
  • Data: 1914.
  • Localização: Sala 204.01 do Reina Sofía.

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